quarta-feira, 7 de maio de 2025
Exclusivo: O Bota-PB recusou R$ 2,5 milhões para vender mando de jogo contra o Flamengo
17/04/2025 11:52 am
Redação ON Reprodução

Informação exclusiva de O Norte Online: o Botafogo-PB recusou uma proposta oficial de R$ 2,5 milhões feita pela empresa Metrópoles Sports para vender o mando de campo da partida contra o Flamengo, pela terceira fase da Copa do Brasil. Durante a semana, chegou a circular em João Pessoa a especulação de que a oferta teria sido de R$ 4 milhões, mas a nossa apuração confirmou que o valor real da proposta foi inferior.

A Metrópoles Sports é a principal responsável por levar grandes jogos para o Estádio Mané Garrincha, em Brasília, que se consolidou como sede alternativa para confrontos de apelo nacional. Clubes como Flamengo, Corinthians e Palmeiras frequentemente vendem mandos para partidas na capital federal, mas desta vez o Botafogo-PB preferiu manter o duelo em João Pessoa.

Divisão das torcidas

Com o jogo confirmado no Almeidão, a SAF do Botafogo definiu que haverá uma divisão de 60% para a torcida do Belo e 40% para os torcedores do Flamengo. A decisão gerou críticas entre os botafoguenses, que esperavam um percentual maior a seu favor — alguns defendiam até uma divisão de 90% a 10%. No entanto, a diretoria agiu corretamente, considerando dois fatores fundamentais: a necessidade de uma grande arrecadação e o reconhecimento de que a torcida do Flamengo na Paraíba e nos estados vizinhos é numerosa e mobilizada.

Prova disso foi o jogo do Flamengo contra o Nova Iguaçu, realizado no próprio Almeidão durante o Campeonato Carioca de 2024, que registrou o maior público do estádio no ano. O público foi de 16.428 torcedores, com uma renda de R$ 1.528.264. Diante da força da torcida rubro-negra na região, restringir drasticamente a presença de flamenguistas seria uma decisão pouco inteligente tanto financeira quanto esportivamente.

Apesar da definição da divisão de torcidas, persiste a expectativa sobre o preço dos ingressos. Circulam rumores de que os valores possam chegar a R$ 300, o que seria considerado abusivo diante da realidade econômica da Paraíba. Caso se confirmem, os preços altos podem afastar parte do público local, o que vai contra a estratégia de estádio cheio e boa arrecadação.

Assim, a SAF do Botafogo equilibra a tentativa de maximizar sua renda com a decisão de preservar o mando de campo em casa, garantindo que a torcida tenha a oportunidade de acompanhar de perto um confronto histórico contra um dos maiores clubes do país.

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