sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Tarifas pesadas contra o Brasil são adiadas, mas seguem em vigor a partir do dia 7
01/08/2025 05:33
Redação ON Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na noite desta quinta-feira (31) um novo decreto que amplia drasticamente as chamadas “tarifas recíprocas” sobre produtos importados, atingindo dezenas de países com alíquotas que chegam a 41%. O Brasil está entre os principais alvos da medida, que eleva a taxação de boa parte das exportações brasileiras para até 50%.

A justificativa oficial é o combate ao “desequilíbrio comercial” e, em alguns casos, a “questões de segurança pública”. As novas tarifas entram em vigor no dia 7 de agosto — com isenção temporária para mercadorias já embarcadas, desde que cheguem aos EUA até 5 de outubro.

No pacote, a Síria foi a mais penalizada, com tarifa de 41%. Laos e Mianmar foram sobretaxados em 40%; Suíça (39%), Iraque e Sérvia (35%) também enfrentam aumentos expressivos. Até países tradicionalmente alinhados aos EUA, como Japão, Coreia do Sul e União Europeia, terão de encarar tarifas de 15% em determinados setores.

O Brasil, que desde abril já enfrentava uma alíquota base de 10%, verá o peso real da taxação disparar. Com o novo decreto, uma sobretaxa de 40% passa a incidir sobre quase todas as mercadorias, com exceção de cerca de 700 itens. Na prática, os embarques brasileiros sofrerão um impacto direto, enfrentando tarifas efetivas de até 50%.

O governo americano também apertou o cerco contra o Canadá, elevando de 25% para 35% a tarifa sobre importações, sob o argumento de que o país vizinho tem falhado no combate ao tráfico de fentanil, droga sintética que alimenta uma crise de saúde pública nos EUA.

A medida integra a estratégia de Trump para impor sua visão de comércio “justo e equilibrado”, pressionando parceiros que, segundo ele, lucram às custas dos Estados Unidos. Para o Brasil, o recado é claro: Trump subiu o tom — e o preço para vender ao mercado americano.

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