Durante apresentação no São João de Petrolina, no interior de Pernambuco, o cantor Zezé Di Camargo voltou a ser assunto nas redes sociais — desta vez, não por sua performance, mas pela ausência dela. Imprensa e fãs relataram que o artista proibiu filmagens próximas do palco, o que gerou estranhamento e especulações sobre seu estado vocal.
Sem autorização para registrar o show de perto, o repórter Gustavo Chaves, do portal ‘Riacho Em Foco’, transmitiu imagens captadas do telão do evento. O que se viu — ou, melhor, o que se ouviu — foi um Zezé praticamente sem voz. A ausência de potência vocal reacendeu as preocupações sobre a condição das cordas vocais do cantor, que já enfrentou sérios problemas de saúde.
Histórico delicado
Em 2008, Zezé revelou que havia perdido parte da voz por conta de um cisto congênito que rompeu e criou uma aderência nas cordas vocais. À época, ele passou por uma cirurgia delicada. “A cirurgia conservadora é profunda, vai ao ligamento, a um plano muscular, às camadas profundas da corda e resolve esse tipo de lesão interna”, explicou o médico Luiz Cantoni.
Apesar de ter voltado aos palcos algumas semanas após o procedimento, fãs e críticos vêm notando, há anos, a limitação vocal do artista — algo que parece ter se agravado nos últimos tempos.
Restrição à imprensa
A atitude da equipe do cantor de impedir a filmagem próxima do palco também gerou críticas jurídicas. Consultado por O Norte Online, o advogado Ricardo Bezerra comentou o episódio:
“Em razão ao vídeo apresentado, vê-se que o show é público, feito pela prefeitura, e com isso nenhuma imprensa pode ser impedida de registrar o que está sendo feito e pago com dinheiro público. Não há legislação que impeça isso. Qualquer impedimento é ilegal. Além disso, se a apresentação do artista não corresponde ao que foi contratado, a administração pública pode ser acionada por ação popular por danos ao erário, já que houve descumprimento contratual por parte do artista.”
A polêmica envolvendo Zezé Di Camargo levanta questões não apenas sobre sua saúde vocal, mas também sobre a transparência e a qualidade na prestação de serviços artísticos pagos com recursos públicos.
