A maior renda da história do futebol nordestino — R$ 4,6 milhões arrecadados na partida entre Botafogo-PB e Flamengo, nesta quinta-feira (1º), no Estádio Castelão, em São Luís (MA) — está longe de ser motivo apenas de comemoração. Na Paraíba, o que se comenta agora é: quem vai pagar essa conta?
Quando o Botafogo-PB aceitou vender o mando de campo do jogo pela Copa do Brasil, a diretoria do clube garantiu que se tratava da maior cota de venda de mando da história do futebol brasileiro. Falou-se em R$ 6 milhões pagos por um grupo de empresários para levar a partida a São Luís. A dúvida agora é: quem são esses empresários dispostos a bancar um jogo com prejuízo aparente?
Com uma bilheteria de R$ 4,6 milhões — mesmo com ingressos chegando a R$ 900, valores comparáveis aos de Copa do Mundo —, algo não fecha nessa equação. Se a renda foi essa, quem completou os outros R$ 1,4 milhão? O Botafogo-PB realmente recebeu tudo o que foi prometido? Ou o valor divulgado publicamente era inflado para justificar a decisão de tirar o jogo da Paraíba?
São questões legítimas que precisam ser respondidas. Afinal, não é todo dia que empresários aparecem dispostos a “jogar dinheiro fora” — e não por caridade ao clube paraibano ou por paixão ao Flamengo.