O mundo entrou nesta sexta-feira (13) em estado de alerta máximo, diante da escalada militar entre Israel e Irã. Após dias de ameaças mútuas, Israel lançou, na quinta-feira (12), uma ofensiva de grandes proporções contra instalações nucleares iranianas, atingindo também alvos ligados a líderes militares e cientistas do programa nuclear do país persa. O governo israelense classificou a ação — batizada de Operação Leão Ascendente — como um “ataque preventivo” para impedir o avanço do Irã na construção de armas nucleares.
Como prometido pelas autoridades iranianas, Teerã respondeu rapidamente ao ataque, disparando mísseis balísticos contra o território israelense, conforme informou a mídia estatal. O Irã também lançou um exército de drones em direção a bases militares e aéreas de Israel. Imagens registradas durante a madrugada mostram o sistema de defesa antiaéreo Domo de Ferro sendo acionado em Tel Aviv para interceptar os projéteis.
O temor internacional cresce à medida que outras potências podem ser arrastadas para o conflito. Embora os Estados Unidos neguem participação direta na operação israelense, o tradicional apoio norte-americano ao aliado histórico coloca Washington no radar de uma eventual retaliação. Além disso, a crescente aliança estratégica entre Irã e Rússia adiciona uma nova camada de tensão à crise, com potencial de desestabilização regional e global.
O cenário coloca líderes de todo o mundo em alerta diante do risco concreto de uma escalada bélica envolvendo múltiplas nações e consequências imprevisíveis para a segurança global.
O conflito
O confronto entre Israel e Irã não é recente. Há anos, o regime iraniano mantém seu programa nuclear sob forte vigilância internacional, enquanto Israel — que nunca reconheceu oficialmente possuir armas nucleares, mas é amplamente considerado uma potência atômica — insiste que não permitirá que Teerã desenvolva a bomba. Desde o fracasso do acordo nuclear de 2015, as tensões se agravaram, com acusações mútuas de ataques cibernéticos, assassinatos de cientistas e operações secretas.
Além da disputa nuclear, os dois países travam uma guerra indireta em diversos pontos do Oriente Médio. Israel já realizou centenas de ataques a alvos ligados ao Irã na Síria, enquanto Teerã financia e apoia grupos como o Hezbollah, no Líbano, e milícias no Iraque e Iêmen. Esse histórico de hostilidades constantes cria um ambiente explosivo, que agora ameaça transbordar para um conflito aberto de grandes proporções.