sábado, 13 de dezembro de 2025
João Azevêdo dá a senha da sucessão e cenário de 2026 começa a se desenhar na Paraíba
18/07/2025 06:12
Redação ON Reprodução

Durante audiência do Orçamento Democrático Estadual em Mamanguape, nesta quinta-feira (18), o governador João Azevêdo (PSB) falou com todas as letras aquilo que muita gente vinha apenas insinuando: ao assumir o comando do estado em abril de 2026, o atual vice-governador Lucas Ribeiro terá nas mãos a decisão de ser ou não candidato à reeleição.

“Saindo para o Senado, quem assume o governo é Lucas. Se será ele o candidato, a decisão é dele. É natural que, estando na condição de governador, queira ser candidato”, disse Azevêdo, deixando claro que o caminho está aberto para o jovem político herdar o projeto da base governista.

A declaração, ainda que diplomática, tem força de senha política. Na prática, João sinalizou que, caso Lucas decida disputar, terá preferência no processo de escolha interna da base — hoje disputado por pelo menos quatro nomes aliados.

A disputa entre aliados tem movimentado os bastidores. Mesmo com Lucas em destaque, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), desponta como favorito na corrida ao governo. Pesquisa divulgada nesta semana apontou Cícero com o dobro das intenções de voto do segundo colocado, Pedro Cunha Lima (PSD), da oposição. Mais atrás, embolados, aparecem Lucas Ribeiro, Adriano Galdino, Marcelo Queiroga e Efraim Filho , todos cotados como possíveis candidatos.

João Azevêdo, porém, reforçou que a escolha passará por um entendimento mais amplo: “Uma coisa é a decisão de colocar o nome na mesa, outra é a decisão de toda a base governista com base nos nomes postos pelos partidos aliados”.

O governador também minimizou o encontro entre Aguinaldo, Cícero e o deputado Hugo Motta (Republicanos), que comanda outro partido da base. “Acompanhei à distância”, disse, mantendo a neutralidade.

Oposição busca alternativa

Enquanto a base governista se organiza, a oposição vive seu próprio dilema. O ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga, que até aqui era o pré-candidato do PL ao governo, não empolgou nas pesquisas e já admite a possibilidade de abrir espaço. Em público, minimizou os números, lembrando que em 2024 também aparecia mal nas sondagens e terminou indo ao segundo turno na disputa pela prefeitura da capital.

Nos bastidores, porém, Queiroga tem articulado com Efraim Filho uma possível aliança, sinal de que sua posição dentro da chapa já não é tão segura. O plano do PL seria atrair Efraim para liderar a oposição em 2026, com apoio do bolsonarismo e do grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O jogo ainda está no começo, mas as peças já estão se movendo. E, como mostrou a fala de João Azevêdo em Mamanguape, a próxima jogada será de Lucas Ribeiro.

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