B. Traven é talvez a figura mais enigmática da literatura moderna. Recluso por opção, exilado no interior do México, conseguiu manter sua identidade em segredo po toda a vida. Suas obras de ficção, no entanto, derrubaram todas as barreiras impostas impostas pelo anonimato e se tornaram conhecidas no mundo todo, principalmente após o estrondoso sucesso da adaptação cinematográfica de “O Tesouro de Sierra Madre, dirigido por John Huston e estrelado por Humphrey Bogart, em 1948.
Em “O Visitante Noturno” e “Macário”, este último selecionado por Jorge Luis Borges para integrar uma antologia com o melhor da literatura fantástica universal. Garcia Marquez confessou
em Cuba que tinha bebido na fonte Traven.
Traven mergulha profundamente nas tradições dos povos pré-colombianos e nos mitos populares para trazer à tona relatos fascinantes de um mundo ainda não contaminado pelas pretensas maravilhas do mundo ocidental.
Traven é um homem misterioso e até hoje ninguém conseguiu descobrir a sua verdadeira identidade. Numa coletiva de imprensa durante uma visita oficial a Buenos Aires, o presidente mexicano Adolfo Lopez Mateos foi obrigado a declarar publicamente que nem ele e nem sua irmã eram o escritor B. Traven.
E o mistério continua. Um perguntaram a Borges que livro ele levaria para uma ilha deserta e ele respondeu: “Qualquer um do B. Traven”. A mesma resposta deu o físico Albert Einstein.
Mas, é uma pena que Traven não seja um escritor conhecido. Poucos o conhecem. Mesmo os que gostam de literatura sabem quem é esse escritor genial e misterioso.

