sábado, 6 de dezembro de 2025
Vexame em João Pessoa: empresário interrompe Copa Brasil de Paraciclismo no Cabo Branco
21/09/2025 14:36
Redação ON Reprodução

O que era para ser uma celebração do esporte e da superação se transformou em um episódio lamentável neste domingo em João Pessoa. Durante a Copa Brasil de Paraciclismo, realizada nas imediações da Ponta do Cabo Branco, o empresário Roberto Júnior, dono do complexo Bosque dos Sonhos, protagonizou um verdadeiro vexame ao interromper a prova nacional com a própria caminhonete.

Segundo relatos, por volta das 11h40, quando a competição já se aproximava do fim, Roberto Júnior avançou com sua S10 prata, de placa KYY8H97, furando o bloqueio e colocando em risco staffs e atletas. Ele entrou pela contramão na área do Parque Linear — a rua colorida da Estação Ciências, onde o tráfego de veículos é proibido — e estacionou o carro em um dos trechos mais críticos do circuito, justamente no ponto de maior velocidade da prova.

Indignado com a interdição da rua em frente ao seu estabelecimento, o empresário saiu do veículo, travou as portas e, de acordo com testemunhas, chegou a proferir xingamentos. Em seguida, recolheu-se ao restaurante, desafiando a organização a remover o carro.

O episódio revoltou atletas, organizadores e o público presente. Para o secretário adjunto de Esportes da Prefeitura de João Pessoa, Juliano Sucupira, o ato foi um risco real à segurança:

“Ele furou o bloqueio, invadiu a área da prova, colocou em risco a vida dos atletas e dos staffs. No momento mais veloz da competição, simplesmente parou a caminhonete no meio da pista e disse que não tiraria. Foi preciso acionar a CEMOB, que fez a remoção do veículo. É uma cena inaceitável em um evento nacional”, afirmou.

A prova, que reunia paratletas de todo o país e deveria ter sido marcada pela celebração da inclusão e da superação, acabou manchada por um gesto de intolerância e falta de respeito. Ainda assim, a competição seguiu aos trancos e barrancos até o fim, mas o vexame já havia ganhado repercussão nacional.

O caso, além de expor a fragilidade no apoio à realização de grandes eventos esportivos na capital paraibana, lança luz sobre a falta de consciência pública em relação ao valor do esporte — especialmente o paradesporto, que simboliza esforço, cidadania e superação.

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