A UFPB está recrutando voluntários para um estudo clínico que avalia os potenciais benefícios do cogumelo Pleurotus ostreatus no tratamento da hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta. A pesquisa, intitulada ‘HIPO – Suplementação do Cogumelo Pleurotus ostreatus como Tratamento Auxiliar da Hipertensão Arterial’, está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição (PPGCN) e ao Laboratório de Pesquisa Translacional em Nutrição e Doenças Cardiometabólicas (Lanucan) da UFPB.
Podem participar do estudo clínico os voluntários que atendam aos seguintes critérios:
– Adultos de ambos os sexos com diagnóstico de pressão alta;
– Faixa etária: 20 a 59 anos;
– Local de residência: João Pessoa.
As inscrições devem ser feitas por meio de formulário eletrônico até que se esgotem as vagas disponíveis.
O ensaio clínico, liderado pela pesquisadora do PPGCN Erika Barreto e coordenado pelo professor José Luiz de Brito Alves, ambos do Centro de Ciências da Saúde (CCS), será realizado na modalidade duplo-cego, método científico no qual os participantes e os pesquisadores desconhecem as intervenções que cada voluntário está recebendo. Serão selecionados 80 participantes, divididos aleatoriamente em dois grupos:
– Grupo Cogumelo: 40 participantes consomem diariamente 8 cápsulas de 375 mg (3 gramas ao dia) do Pleurotus ostreatus seco e em pó.
– Grupo Placebo: os demais 40 participantes receberão cápsulas idênticas contendo polidextrose, uma fibra que não apresenta os efeitos esperados do cogumelo.
O período de intervenção será de dois meses. Antes e após o tratamento, os participantes realizam exames como coleta de sangue, amostra fecal, monitoramento da pressão arterial e avaliação da função endotelial, responsável por regular a saúde dos vasos sanguíneos. Ao final do estudo, os voluntários recebem gratuitamente os resultados dos exames realizados, além de uma avaliação da composição corporal.
Segundo Erika Barreto, essa espécie de cogumelo tem se mostrado promissora para a saúde humana, com evidências científicas que identificaram benefícios na microbiota intestinal, no controle glicêmico e, principalmente, no combate à pressão alta, uma das principais causas de mortes cardiovasculares. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, ela responde por 388 óbitos diários. Ainda de acordo com a pesquisadora, o estudo é inédito, uma vez que é o primeiro que avalia os efeitos do Pleurotus ostreatus em humanos com essa condição.
Para mais informações, entre em contato pelo e-mail erika.barreto@academico.ufpb.br.