As relações entre Brasil e Estados Unidos podem entrar em colapso. Em análise exclusiva veiculada na CNN Brasil, o comentarista internacional Lourival Santzna revelou que aliados do presidente Donald Trump preparam um plano para expulsar a embaixadora brasileira em Washington — uma medida que, na prática, equivale à ruptura formal das relações diplomáticas entre os dois países.
Segundo Santana, o plano estaria sendo articulado pelo senador Marco Rubio, figura central do trumpismo no Congresso americano. A proposta faz parte de uma escalada coordenada contra o governo brasileiro e suas instituições, e seria acompanhada de sanções contra assessores diretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os juízes que votaram pela condenação de Jair Bolsonaro e por restrições a plataformas digitais da extrema direita estariam entre os principais alvos. As sanções seriam embasadas na Lei Global Magnitsky, dispositivo jurídico norte-americano que autoriza punições a estrangeiros por supostas violações de direitos humanos ou corrupção. As consequências previstas incluem o congelamento de bens, suspensão de vistos e até sanções secundárias a empresas e entidades que mantenham vínculos com os atingidos.
Lula e a primeira-dama Janja, segundo a CNN, não seriam diretamente afetados. Ainda assim, a dimensão política do gesto representa uma ameaça sem precedentes à soberania brasileira. A expulsão da embaixadora significaria um rompimento simbólico e prático da diplomacia entre as duas maiores democracias do continente.
A ofensiva, motivada por interesses ideológicos e eleitorais, insere-se no contexto de aproximação crescente entre o trumpismo e a extrema direita brasileira. Trata-se de uma retaliação explícita às decisões do Judiciário brasileiro, bem como à política externa independente adotada pelo Brasil em fóruns multilaterais como a OMC e o G20.
Caso se concretize, será a primeira vez na história recente que os Estados Unidos romperiam relações diplomáticas com o Brasil por razões políticas internas. A expectativa agora recai sobre a resposta de Brasília — especialmente do Itamaraty e do STF — diante de uma afronta direta ao Estado brasileiro e à sua autonomia constitucional.
