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O portal Intercept Brasil publicou uma matéria revelando detalhes inéditos sobre o destino do corpo do ex-deputado federal Rubens Paiva, desaparecido durante a ditadura militar brasileira. Essas novas informações foram fornecidas por Valdemar Martins de Oliveira, ex-paraquedista que atuou em operações do Exército na década de 1970. 

De acordo com Valdemar, colegas de regimento, os irmãos Jurandyr e Jacy Ochsendorf e Souza, participaram da ocultação do corpo de Rubens Paiva em janeiro de 1971, sob ordens do então chefe de equipe, Paulo Malhães. Segundo o relato, o corpo foi levado no mesmo dia da morte por um barco da Marinha e lançado ao mar com uma roda de caminhão amarrada para garantir seu afundamento. 

Essas revelações ganham destaque em meio ao sucesso do filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, que aborda a história de Eunice Paiva, esposa de Rubens Paiva, e sua luta após o desaparecimento do marido. O filme tem reacendido debates sobre os crimes cometidos durante o regime militar no Brasil. 

O desaparecimento de Rubens Paiva já havia sido tema de reportagens anteriores. Em 1978, o Jornal do Brasil publicou uma matéria detalhando os acontecimentos que cercavam seu desaparecimento, destacando a falta de respostas sobre seu paradeiro. 

As novas informações trazidas por Valdemar Martins de Oliveira contribuem para o entendimento dos métodos de ocultação de cadáveres utilizados durante a ditadura, ressaltando a importância de se revisitar e esclarecer os eventos desse período para a construção da memória e da justiça no país.