O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avalia a implementação de um conjunto de sanções contra autoridades brasileiras caso volte ao poder, segundo informa o jornalista Paulo Cappelli, no site Metrópoles. A medida está sendo discutida e visa atingir figuras do governo e do Judiciário que, na visão de Trump e sua equipe, teriam tomado decisões que interferiram na política interna e na relação entre os dois países.
Auxiliares de Trump, ligados a Elon Musk, elaboram texto que, além de definir punições ao ministro Alexandre de Moraes, estabelece prazo de 120 dias para o Departamento de Estado norte-americano apontar mais integrantes do Judiciário e do governo brasileiro que apoiaram a derrubada de perfis, nos EUA, de usuários de redes sociais.
Outros ministros da 1ª Turma do STF que votaram juntamente com Moraes, bem como juízes auxiliares, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e delegados da Polícia Federal que municiaram decisões de Alexandre. O argumento sustentado pela Casa Branca é que a derrubada dos perfis configuraria violação de direitos humanos, violação à jurisdição dos EUA e abuso de procedimento para favorecer a si mesmo e/ou um grupo político.
Entre as possíveis sanções, estão restrições de entrada nos Estados Unidos, congelamento de bens e outras penalidades diplomáticas. Essas ações mirariam, principalmente, autoridades que, segundo os estrategistas do republicano, teriam favorecido o governo Biden ou atuado contra interesses alinhados ao ex-presidente norte-americano.
O debate sobre essas possíveis sanções ganhou força nos bastidores da campanha de Trump, especialmente após recentes declarações de integrantes do governo brasileiro. Há uma crescente insatisfação entre os aliados do republicano com decisões tomadas no Brasil, que são vistas como obstáculos para um eventual retorno de Trump à Casa Branca e para uma reaproximação entre os dois países sob sua liderança.
A estratégia de Trump inclui ampliar sua influência sobre governos estrangeiros, especialmente na América Latina. O ex-presidente busca consolidar alianças com lideranças que compartilham sua visão política, o que envolve endurecer posturas contra figuras que, na sua avaliação, dificultaram esse processo no passado.