quinta-feira, 13 de março de 2025
Quase 75% dos paraibanos vivem em casa própria, revela o IBGE
12/12/2024 9:55 pm
Redação ON Divulgação

Na Paraíba, em 2022, do total de 3,96 milhões de moradores em domicílios particulares permanentes ocupados (DPPOs), a proporção dos que residiam em domicílios próprios de um dos moradores era de 74,9%, o que representa cerca de 2,97 milhões de pessoas. Esse contingente ocupava 73,5% (1,01 milhão de DPPOs) de um total de 1,37 milhão de domicílios particulares permanentes existentes no estado. As informações são da publicação Censo Demográfico 2022: Características dos domicílios – Resultados preliminares da amostra, divulgada nesta quinta-feira (12), pelo IBGE.

A proporção estadual de moradores em domicílios próprios é a nona maior do país. Entre os estados do Nordeste, ocupa a 4ª posição, atrás apenas das taxas observadas na Bahia (79,7%), Piauí (83,9%) e Maranhão (84,0%). Além disso, ficou acima da média brasileira (72,7%), embora abaixo da nordestina (77,3%). Em relação a 2010, quando o indicador paraibano também foi de 74,9%, houve estabilidade.

A pesquisa mostra também que, em 2022, 66,2% da população paraibana residiam em domicílio “Próprio de algum morador – já pago, herdado ou ganho”, evidenciando uma redução nesse indicador de 5,9 p.p. em relação a 2010 (72,1%). Inversamente, a participação dos que moravam em domicílio “Próprio de algum morador – ainda pagando” cresceu 5,9 p.p., passando de 2,8%, em 2010, para 8,7%, em 2022. 

Cresce a proporção de pessoas que vivem em domicílios alugados, na Paraíba

Em 2022, na Paraíba, havia 752.523 pessoas que moravam em 277.844 domicílios alugados, representando 19% do total de moradores em DPPOs e 20,3% do total de domicílios desse tipo. O percentual estadual de moradores em domicílios alugados era então o 11º mais baixo entre as unidades da federação, sendo menor que a média nacional (20,9%), mas maior que a regional (16,8%).  No comparativo com o Censo Demográfico anterior, houve aumento de 3,4 pontos percentuais (p.p.) na proporção de moradores em domicílios alugados e de 3,2 p.p. no percentual de domicílios com essa condição de ocupação, que em 2010 eram de 15,6% e 17,1%, respectivamente.

Havia ainda uma parcela da população paraibana que habitava em domicílios do tipo “Cedido ou emprestado”, ou seja, que não é próprio de nenhum dos moradores que, todavia, têm autorização do proprietário para ocuparem o domicílio sem pagamento de aluguel. Em 2022, 5,5% da população paraibana (217.953 pessoas) e 5,7% dos domicílios (78.379 DPPOs) se enquadravam nessa condição de ocupação do domicílio, totalizando seus três desdobramentos, quais sejam: “Cedido ou emprestado – por familiar” (4,1%), “Cedido ou emprestado – por empregador” (0,8%) e “Cedido ou emprestado” – outra forma” (0,6%). Em 2010, os percentuais eram de 8,9% para os moradores e de 8,8% para os domicílios cedidos ou emprestados, mostrando que, entre os dois últimos censos, houve decréscimo nesses indicadores de 3,4 p.p. e de 3,1%, respectivamente. 

Na Paraíba, percentual de domicílios com mais de 3 pessoas por dormitório cai para 2,1%

De 2010 a 2022, a proporção de domicílios particulares permanentes paraibanos em que havia mais de 3 moradores por dormitório, ou seja, em que 4 ou mais pessoas dormiam no mesmo cômodo, caiu de 5,0% para 2,1%, respectivamente. Apesar dessa redução, na Paraíba, em 2022, ainda havia 28.645 domicílios marcados por essa situação que, em 2010, afetava 53.521 domicílios. No mesmo período, houve queda também na participação dos domicílios com mais de 2 até 3 moradores, que passou de 14,2% (153.030 unidades) para 9,3% (127.228 unidades).

Em contrapartida, houve crescimento no percentual de domicílios com até 1 morador por dormitório, que aumentou de 29,7% (320.456 unidades), em 2010, para 32,2% (442.112 unidades), em 2022. A participação dos domicílios com densidade de moradores por dormitório maior que 1 até 2 moradores também cresceu, passando de 51,2% (553.519 unidades) em 2010, para 56,4% (774.108 unidades) em 2022.

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