Neste sábado (14), a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, recentemente se viu no centro de uma polêmica ao conceder cidadania italiana ao presidente argentino Javier Milei. A decisão gerou críticas intensas da oposição italiana, que destacou a disparidade entre a facilidade com que Milei obteve a cidadania e as dificuldades enfrentadas por muitos imigrantes na Itália.
Estes imigrantes frequentemente lutam para garantir a cidadania para seus filhos nascidos no país, mesmo quando possuem laços significativos com a Itália. A concessão da cidadania a Milei, cujos três avós eram italianos, ocorreu na mesma semana em que seu governo completou um ano na Argentina, um período marcado por medidas econômicas significativas.
Javier Milei assumiu a presidência da Argentina com o desafio de enfrentar uma inflação galopante e lidar com as consequências de gestões anteriores, que deixaram o país com calotes internacionais e uma dívida pública crescente. Durante seu primeiro ano no cargo, Milei implementou cortes significativos nos gastos públicos, reduzindo-os em 28%.
Como resultado, espera-se que a Argentina registre um superávit em 2024, algo que não ocorre há 16 anos. O economista Igor Lucena elogiou as medidas radicais de Milei, que resultaram em um crescimento do PIB e uma redução drástica da inflação, que caiu de 200% para 2,7% em outubro. No entanto, o professor de relações internacionais Gustavo Menon alertou que, apesar dos avanços econômicos, o custo de vida aumentou e a pobreza continua a ser um problema persistente.