O dia 2 de abril é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. É um momento para que a sociedade promova um movimento unificado para atuar na inclusão e respeito aos direitos das pessoas portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Para Hosana Carneiro, coordenadora do Movimento Orgulho Autista Brasil da Paraíba e presidente da Associação Paraibana de Autismo (APA), “o Brasil vem se movimentando muito, vem se movimentando fortemente. Desde 2012 que a gente tem um movimento muito unificado em todo o país”.

Hosana Carneiro aponta que “neste dia a gente unifica e potencializa esse assunto, fala mais sobre ele. Para que chegue à sociedade comum e também aos parlamentares, que a gente continue construindo políticas públicas. A gente ainda não tem o ideal, o brasileiro em si não tem o ideal, todas as necessidades que precisamos. Mas também estamos construindo, estamos sempre falando da necessidade de cuidar de nossos autistas, dos familiares dos autistas”.

A coordenadora do Movimento Orgulho Autista Brasil da Paraíba avalia que avanços têm sido conquistados com a mobilização em prol das pessoas portadoras do TEA. “A gente vem avançando com sabedoria sempre, sempre com sabedoria ao lado de quem faz, ao lado de quem constrói junto com os autistas. Então eu falo aqui João Pessoa, onde eu moro, e onde a gente vem construindo uma política de inclusão importada junto ao município”.

Para Hosana Carneiro, a adesão dos gestores é importante. “Eu vejo também que o governador da Paraíba tem um trabalho muito importante em outras cidades fora de João Pessoa, como Solânea, Capina Grande, Sousa. Ele vai abrangendo o interior. Então, eu faço uma avaliação positiva no sentido de que nossa luta não vem sendo em vão. Já temos em João Pessoa muitas clínicas que atendem por plano de saúde, que no passado a gente não tinha isso. Isso já foi uma conquista do movimento das mães, dos pais”.

Hosana Carneiro ressalta a participação dos pais de crianças autistas na luta. “Eu gosto muito de falar dos pais também, não só das mães, porque eu entendo que os pais estão também muito envolvidos. Isso foi uma coisa também muito do passado, em que os pais abandonavam seus filhos sem proteção. Eu vejo que quando os pais se separam, mas eles continuam cuidando dos seus filhos, assim como o pai do meu filho continuou mesmo após. Continua cuidando da forma que pode, como pode. Então é isso, a gente precisa fazer uma avaliação positiva da mudança de comportamento também da sociedade, onde a gente tem uma sociedade hoje que também acolhe muito mais os autistas, critica menos”.

Ela completa destacando o papel da imprensa na luta. “Eu quero dizer que a imprensa tem sua grande importância na divulgação, e quando a gente divulga, a gente constrói uma sociedade melhor. “A imprensa, os médicos, as famílias, os professores, todo mundo junto, é que a gente vai fazer um mundo muito melhor para eles”.