- Redação ON
O clima política da Paraíba parece estar prestes a esquentar ainda mais, à medida que as disputas internas ganham força e a oposição tenta capitalizar sobre o desgaste da relação entre os poderes Executivo e Legislativo.
Recentemente, como destacamos aqui, a relação entre o governador João Azevêdo e o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, foi marcada por tensões, após Azevêdo sugerir que o vice-governador Lucas Ribeiro seria o candidato natural do grupo governista para as eleições de 2026, caso ele mesmo optasse por concorrer ao Senado.
Um dia após essa declaração do governador, Adriano Galdino não foi à solenidade de entrega de ônibus escolares realizada pelo governador, no Centro de Convenções. Foi um recado claro de que estava insatisfeito com o chefe do Executivo. Depois ele verbalizou o seu descontentamento com declarações fortes e contundentes.
Porém, em meio a tantas informações que surgiram na mídia sobre esse imbróglio, falou-se até em um hipotético relaxamento das tensões, que teria sido motivado por conversas nos bastidores entre João Azevêdo e Adriano Galdino. O Norte Online apurou que – desde que estourou a crise no meio da semana passada – não houve qualquer diálogo entre o governador e o presidente da Assembleia.
A oposição agiu rápido
A insatisfação de Galdino com Azevêdo, após a sugestão do governador de apoiar outro nome para a sucessão, criou um vácuo político que foi prontamente preenchido pela oposição. Oferecendo apoio a Galdino, a oposição não só enfraquece o grupo governista, mas também tenta construir uma alternativa viável para as eleições de 2026.
Ao estender a possibilidade de candidatura a Galdino em 2026, a oposição visa consolidar um novo nome para disputar o governo do estado, ampliando seu campo de alianças e preparando o terreno para um enfrentamento político contra o atual governo.
Este movimento pode ter como objetivo pressionar Azevêdo e garantir que o Legislativo mantenha sua autonomia, ao mesmo tempo em que oferece uma chance para Galdino de se posicionar como um líder político de peso. Ao fazer isso, a oposição também acirra ainda mais as tensões internas, exacerbando o clima de disputa entre os poderes Executivo e Legislativo.
Na falta de um entendimento, presume-se que a relação entre o governo e a Assembleia tende a se tornar mais conflituosa, o que pode resultar em dificuldades para o governador e complicar ainda mais a aprovação de projetos essenciais. Por outro lado, a movimentação da oposição pode representar uma oportunidade estratégica para garantir apoio e preparar o campo para a eleição de 2026.