A Procuradoria-Geral da República (PGR) recomendou o arquivamento das investigações sobre o suposto registro irregular da vacina contra Covid-19 no cartão de imunização do ex-presidente Jair Bolsonaro. O caso, que ganhou repercussão após suspeitas de falsificação de dados, foi analisado pelo Ministério Público, que não encontrou elementos suficientes para sustentar uma ação penal. 

A PGR destacou que as provas colhidas não comprovam a participação direta de Bolsonaro na inserção das informações no sistema do Ministério da Saúde. Além disso, não há indícios de que o ex-presidente tenha solicitado a inclusão dos registros ou se beneficiado deles para obter vantagens, como emissão de certificados de vacinação. 

O caso teve início após a divulgação de que o nome de Bolsonaro constava no sistema nacional de imunização como tendo recebido a vacina, mesmo sem confirmação pública de que ele teria se vacinado. A suspeita levantou questionamentos sobre possível adulteração de documentos oficiais, levando a uma investigação pelo Ministério Público Federal. 

Agora, com o pedido de arquivamento, a PGR sinaliza que as investigações não avançarão, a menos que surjam novas provas concretas. A decisão final caberá à Justiça, que avaliará se aceita ou não a recomendação da Procuradoria. 

Enquanto isso, o caso continua gerando debates sobre transparência e fiscalização nos registros de vacinação de autoridades públicas. A polêmica reforça a importância de sistemas seguros e auditáveis para evitar questionamentos sobre a veracidade de informações oficiais.