O Diario de Pernambuco, o mais antigo jornal em circulação da América Latina, vive, nesta sexta-feira, 7 de novembro, uma cena que não tem paralelo na história da mídia brasileira: será aberta, às 15h, a cápsula do tempo lacrada em 1925, durante as comemorações do centenário do jornal. Cem anos guardada intacta, ela será aberta no Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, na Rua do Hospício.
Ninguém sabe o que está lá dentro.
Uma equipe especializada acompanhará o processo, para que documentos ou objetos que possam surgir sejam preservados sem dano. O momento, porém, transcende o conteúdo da lata: é o bicentenário de um jornal que atravessou Império, República Velha, ditaduras, redemocratização, digitalização e agora chega aos 200 anos como testemunho vivo da própria história do Brasil.
Como disse o presidente do IAHGP, George Cabral, “é um momento histórico, de muita alegria e honra, em que o Instituto e o Diario se unem novamente na preservação da memória pernambucana”.
Um elo paraibano nessa trajetória
Na história recente do Diario de Pernambuco, um dos projetos que obteve repercussão nacional e até internacional foi o jornal em Braile, lançado em 2008, com publicação regular e distribuição gratuita para instituições que atendiam pessoas cegas. A iniciativa foi coordenada pelo jornalista paraibano Marcondes Brito, hoje diretor do portal O Norte Online.
“Tenho orgulho, muito orgulho de ter participado dessa história de 200 anos do Diario de Pernambuco”, disse.

Esse projeto rendeu ao Diario o Prêmio Esso de Jornalismo – distinção que, ao longo de décadas, se consolidou como a mais relevante premiação da imprensa brasileira, referência máxima de excelência editorial, inovação e impacto público.
Veja abaixo o vídeo da reportagem da TV Bandeirantes sobre o lançamento do jornal em Braile, no Centro de Convenções de Pernambuco.