quarta-feira, 12 de março de 2025
Morre aos 100 Jimmy Carter, que presidiu EUA nos anos 70 e ganhou Nobel da Paz
29/12/2024 9:53 pm
Redação ON Divulgação

Redação Jornal de Brasília

O democrata recebia cuidados paliativos em sua casa, no estado americano da Georgia, após uma série de internações hospitalares. Sua mulher e companheira por 77 anos, Rosalynn, também estava sob o mesmo atendimento domiciliar e morreu em 19 de novembro do ano passado, aos 96 anos. Em sua última aparição pública, Carter acompanhou o funeral da esposa, e, em outubro, votou em Kamala Harris pelo correio.

Em seu penúltimo livro, publicado em 2015, Carter lembrou que passara só quatro dos seus quase cem anos na Casa Branca e que não foram eles que dominaram suas memórias. O democrata teve a mais longa pós-Presidência da história dos EUA, e foi no período após deixar o cargo que se consagrou mundialmente.

Para um político tradicional, tornar-se conhecido como “o melhor ex-presidente” da história, em clara alusão ao fracasso de seu desempenho no poder, é provavelmente muito pouco reconfortante. Mas para James Earl Carter Jr., que nunca usou seu pomposo nome na íntegra, ter sido um solitário promotor de boas causas e o ganhador do Nobel da Paz talvez tenha valido mais do que ter sido líder dos EUA.

Carter sempre tentou se diferenciar pela simplicidade. Em sua posse como 39º presidente americano, usou terno comum, e fez a pé, de mãos dadas com Rosalynn e a filha, Amy, o caminho de 2,4 km entre o Congresso e a Casa Branca pela avenida Pensilvânia.

No discurso inaugural, usou conceitos e palavras raras nessas ocasiões, como “humildade, misericórdia e justiça” em vez de grandiloquentes saudações ao poderio econômico e militar dos EUA. Ao contrário dos presidentes anteriores e posteriores com filhos em idade escolar, matriculou Amy numa escola pública.

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