sábado, 6 de dezembro de 2025
Moraes adia manobra da anistia e só libera visita de Tarcísio a Bolsonaro no fim do mês
16/09/2025 07:13
Redação ON Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou nesta segunda-feira (15) que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), visite o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua prisão domiciliar apenas no dia 29 de setembro.

A decisão frustrou os dois políticos, que haviam pedido ao Supremo que o encontro fosse liberado já nesta terça (16), em meio à pressão de bolsonaristas pela aprovação de uma anistia ampla que beneficiaria Bolsonaro e outros condenados pelos crimes contra a democracia.

Tarcísio chegou a cancelar uma viagem a Brasília, aguardando sinal verde para a visita. A justificativa apresentada ao Supremo é que a agenda de Bolsonaro estaria cheia até o fim do mês, com compromissos como a reunião com o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ).

A defesa de Bolsonaro, no entanto, comunicou ao gabinete de Moraes que Portinho está em viagem internacional e não comparecerá. Ainda assim, o ministro não antecipou a autorização para o encontro com Tarcísio.

A negativa ocorre uma semana após o governador intensificar ataques pessoais a Moraes, chamando-o de “ditador” e “tirano” em ato na avenida Paulista, no 7 de Setembro. Diante de uma multidão estimada em 42 mil pessoas, Tarcísio acusou o ministro de impor uma “tirania” sobre os demais poderes e disse que “ninguém aguenta mais o que está acontecendo neste país”.

Aliados relatam que a visita a Bolsonaro vinha sendo articulada por Tarcísio para discutir o avanço do projeto de lei que prevê anistia aos condenados por tentativa de golpe. Na primeira semana do julgamento no STF, o governador esteve em Brasília para costurar apoios à proposta junto a líderes do centrão.

Agora, a prioridade dos partidos aliados de Bolsonaro é levar a anistia ao plenário da Câmara ainda nesta semana. O governador paulista tem se colocado na linha de frente dessa articulação, reforçando a pressão política sobre o Supremo em defesa do ex-presidente.

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