Um pedido de revogação da prisão preventiva do padre Egídio de Carvalho Neto foi negado pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. O religioso foi preso durante a Operação Indignus, que apura desvio de recursos destinados ao Hospital Padre Zé, quando Edígio era o diretor-geral da unidade hospitalar.
A prisão preventiva do padre Edígio ocorreu em 17 de novembro de 2023. Ele é acusado de liderar uma organização criminosa responsável pelo desvio de R$ 140 milhões em verbas destinadas ao Hospital Padre Zé.
Desde abril de 2024, padre Egídio de Carvalho está em prisão domiciliar após ser internado devido a problemas de saúde. Enquanto isso, seus advogados continuam tentando que ele responda ao processo em liberdade.
Contudo, a ministra Cármen Lúcia considerou que as decisões do TJPB e do STJ de manter o religioso em prisão preventiva foram devidamente embasadas na necessidade de garantir a ordem pública e evitar a reiteração criminosa.
De acordo com a ministra Cármen Lúcia, “a prisão preventiva justifica-se em razão da periculosidade do recorrente, consideradas a gravidade concreta da conduta imputada e a necessidade de desarticular a organização criminosa, que seria por ele comandada, evitando-se, assim, a possibilidade de reiteração delitiva”.
Com a decisão do STF, Egídio de Carvalho Neto permanecerá preso preventivamente, enquanto as investigações e o processo criminal seguem em curso.