Um crime brutal e uma tentativa engenhosa — mas frustrada — de enganar as autoridades. Um homem confessou ter assassinado um professor com um golpe de faca após uma discussão dentro de uma casa no bairro Cuité, em Campina Grande. Em vez de buscar socorro ou se entregar, ele decidiu esconder o crime da forma mais cruel possível.

O corpo da vítima foi enrolado em um lençol e enterrado no próprio orquidário do professor, localizado na zona rural de Massaranduba. Para despistar a polícia, o suspeito viajou até João Pessoa, onde inventou uma história: disse que o professor havia desaparecido no mar, após um suposto afogamento na Praia da Penha.

A versão, no entanto, não se sustentou. Mesmo com o início de buscas aéreas e marítimas por parte do Corpo de Bombeiros e do Grupamento Tático Aéreo, nenhuma pista confirmava o tal afogamento. A inconsistência no relato acendeu o alerta das equipes de investigação.

As Delegacias de Homicídios de Campina Grande e João Pessoa, com o suporte da Unidade de Inteligência da Polícia Civil, aprofundaram as diligências e conseguiram localizar o corpo da vítima — que havia sido concretado no local da cova improvisada. O Corpo de Bombeiros realizou a exumação, e a perícia foi feita pelo Instituto de Polícia Científica (IPC) de Campina Grande.

O acusado foi preso e responderá por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A audiência de custódia deverá acontecer nos próximos dias.