O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciou, na noite desta quarta-feira (29), sobre a megaoperação das forças de segurança no Rio de Janeiro que deixou ao menos 121 mortos, entre eles quatro policiais. Lula afirmou que “não é possível aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades”.
Segundo o presidente, ele se reuniu com ministros pela manhã e determinou que o titular da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, fossem ao Rio de Janeiro para se encontrar com o governador Cláudio Castro (PL).
“Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco. Foi exatamente o que fizemos em agosto, na maior operação contra o crime organizado da história do país, que chegou ao coração financeiro de uma grande quadrilha envolvida em venda de drogas, adulteração de combustível e lavagem de dinheiro”, declarou Lula.
O presidente também defendeu a aprovação da PEC da Segurança, encaminhada ao Congresso Nacional, que pretende garantir a atuação conjunta das diferentes forças policiais no enfrentamento às facções criminosas.
A manifestação de Lula veio quase 24 horas após a operação realizada na terça-feira (28), o que gerou críticas de governadores alinhados à direita — entre eles o próprio Cláudio Castro, que afirmou que o Rio de Janeiro estava “sozinho” na luta contra o crime organizado.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também criticou o governo federal. “O dia 28 de outubro de 2025 vai entrar para a história como o dia em que as forças de segurança do Rio se levantaram contra as facções criminosas, sozinhas, sem nenhum apoio do governo federal”, declarou Zema.