Laudo elaborado pela Polícia Federal concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é portador de hérnia inguinal bilateral e necessita de reparo cirúrgico em caráter eletivo. De acordo com a Junta Médica, após análise de exames e avaliação clínica do ex-mandatário, o procedimento deve ser realizado o mais breve possível, diante da falta de resposta aos tratamentos adotados, da piora no sono e na alimentação e do aumento do risco de complicações decorrentes do quadro herniário, em razão da elevação da pressão intra-abdominal.
Bolsonaro passou por perícia médica na quarta-feira (17/12), no complexo da Superintendência Regional da Polícia Federal. A avaliação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também requisitou o envio de exames e laudos apresentados pela defesa para análise dos peritos da PF.
A conclusão da Junta Médica foi formalizada nesta sexta-feira (19/12). A decisão de Moraes, tomada na segunda-feira (15/12), integra a apuração sobre a real necessidade de uma eventual intervenção cirúrgica alegada pelos advogados do ex-presidente. O procedimento ocorre no âmbito da execução penal decorrente da condenação de Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão, em regime inicial fechado.
Os exames e documentos apresentados pela defesa, somados à avaliação clínica realizada pela Polícia Federal, serviram de base para a elaboração do laudo pericial.
Pedido de cirurgia
Os advogados de Bolsonaro solicitaram ao STF autorização para a realização urgente do procedimento cirúrgico. Segundo a defesa, um exame de ultrassom realizado no último domingo (14/12) identificou duas hérnias inguinais. A equipe médica afirma que a cirurgia não pode ser realizada em ambiente prisional e estima um período de internação hospitalar entre cinco e sete dias.