O sábado, 11 de outubro, marcou o fim da Segunda Fase da Série C do Campeonato Brasileiro e definiu os quatro clubes que em 2026 estarão na Série B: Ponte Preta, Náutico, Londrina e São Bernardo.
Uma festa para os seus torcedores — e uma dor de cotovelo coletiva para os botafoguenses paraibanos.
Afinal, quando 2025 começou, o Botafogo da Paraíba prometia exatamente isso: o tão sonhado acesso. Havia um plano ambicioso, um discurso de profissionalismo, e uma SAF recém-criada que chegava com a missão de colocar ordem na casa.
Com investimento alto, contratações de impacto e o técnico Antônio Carlos Zago — recém-demitido da seleção da Bolívia, em plena disputa das Eliminatórias —, o Belo iniciou a temporada cercado de expectativas.
Era o “novo Botafogo”: planejado, moderno e com metodologia de gestão empresarial. O discurso era de que, agora sim, o clube ia mostrar a diferença entre o cartola e o gestor profissional.
Pois bem: o que se viu foi o oposto. Zago durou três rodadas, o time desandou a perder e, no fim das contas, o Botafogo não subiu — e por pouco não desceu. A campanha foi uma mistura de susto, frustração e alívio tardio, com o time escapando da Série D apenas nas últimas rodadas.
O sonho dos outros
Enquanto o torcedor botafoguense faz contas e planos, outros quatro clubes estão vivendo o sonho que era dele.
A Ponte Preta venceu o Guarani e terminou como líder do seu grupo.
O Náutico conquistou o acesso de forma dramática, encerrando três anos seguidos na Terceirona.
O Londrina, rebaixado no ano passado, voltou à Série B, acompanhado pelo São Bernardo, que garantiu o primeiro acesso da sua história.
Enquanto isso, em João Pessoa, o torcedor do Belo olhava a tabela e pensava: “podia ser a gente”.
O novo plano
Mas o futebol não permite ficar lamentando por muito tempo. A SAF do Botafogo já promete um projeto ainda mais ousado para 2026, garantindo que “de 2026 não passa”.
O discurso é o mesmo — mas a torcida espera que, desta vez, o roteiro seja diferente. Porque o torcedor botafoguense já entendeu que o acesso à Série B é o maior fetiche do futebol paraibano. E a cada ano, quando vê os classificados comemorando, ele repete o mesmo refrão:
“Poderia ser o Botafogo. #SóQueNão”