As declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, provocaram reações firmes entre os integrantes do Brics. No domingo (6), o republicano afirmou em sua rede social, a Truth Social, que qualquer país que se alinhasse às “políticas antiamericanas” do bloco pagaria uma tarifa adicional de 10%. “Não haverá exceções a esta política”, escreveu.
A resposta dos países veio já nesta segunda-feira (7). Membros do Brics e nações parceiras reiteraram que o grupo não se organiza contra ninguém, mas em torno de interesses comuns. Criado em 2009 com Brasil, Rússia, Índia e China, o Brics posteriormente incorporou África do Sul e, mais recentemente, Egito, Etiópia, Indonésia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Malásia (como país parceiro).
Reações
Rússia
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o Brics não busca confrontar outras nações:
“Essa cooperação dentro do Brics nunca foi, e nunca será, direcionada contra terceiros países. O grupo compartilha uma visão comum sobre cooperação baseada em interesses próprios.”
China
O Ministério das Relações Exteriores da China declarou que o uso de tarifas como forma de pressão é inaceitável.
“As tarifas não servem a ninguém”, afirmou a porta-voz Mao Ning.
África do Sul
O país destacou que não é antiamericano e continua negociando com os EUA.
“As conversas com o governo americano continuam construtivas e frutíferas”, disse Kaamil Alli, porta-voz do Ministério do Comércio.
Malásia
Apesar de não ser membro efetivo, a Malásia é parceira do Brics e também respondeu.
“Mantemos uma política externa independente. Nosso foco é facilitar o comércio, não ideologias”, declarou o Ministério do Comércio malaio.