O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, assegurou que, se a fusão entre as companhias aéreas Gol e Azul for aprovada, o governo não permitirá aumentos nos preços das passagens. Ele destacou a rigorosa fiscalização realizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), pelo Ministério dos Portos e Aeroportos e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), responsáveis por monitorar o impacto dessa possível união. 

Durante um encontro com jornalistas, o ministro expressou otimismo, afirmando que o mercado aéreo nacional não será prejudicado pela fusão. Ele comparou a situação a uma “federação partidária”, na qual ambas as empresas manteriam autonomia financeira e de governança, mas operariam de forma colaborativa. Costa Filho esclareceu que esse modelo difere da fusão da Latam, que resultou na criação de uma única empresa.

O ministro ressaltou que a união das companhias pode fortalecer o setor, especialmente diante de riscos financeiros. Ele lembrou que a Gol iniciou um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos no ano anterior, visando garantir sustentabilidade a longo prazo. Costa Filho enfatizou que o pior cenário seria o fechamento de empresas como a Gol e a Azul, e que a fusão representa uma oportunidade de fortalecimento sem prejudicar o mercado ou a concorrência.

Além disso, o ministro destacou que a configuração do mercado aéreo brasileiro não seria significativamente alterada, já que Gol, Azul e Latam juntas controlam 98% do setor de aviação civil. O foco, segundo ele, deve ser o fortalecimento das companhias e a garantia de tarifas acessíveis aos consumidores. Costa Filho afirmou que o governo está atento para que nenhuma decisão comprometa a competitividade do setor ou penalize o consumidor com aumentos tarifários, e que qualquer movimento nesse sentido será rigorosamente avaliado pelo Cade.