O governo dos Estados Unidos deve anunciar, nos próximos dias, novas sanções contra o Brasil em decorrência da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração foi feita pelo secretário de Estado Marco Rubio, em entrevista à Fox News.
Rubio, que é um dos principais conselheiros de Donald Trump e ocupa o cargo equivalente ao chefe da diplomacia americana, afirmou que a decisão está diretamente ligada às ações do Supremo Tribunal Federal (STF). Na foto em destaque, ele aparece ao lado de Bolsonaro e Eduardo.
Rubio classificou os ministros da Corte como “juízes ativistas” e foi ainda mais incisivo ao se referir ao ministro Alexandre de Moraes, a quem acusou de tentar impor medidas com efeitos fora do Brasil. “Você tem esses juízes ativistas, um em particular que não apenas perseguiu Bolsonaro, mas também tentou impor reivindicações extraterritoriais até contra cidadãos americanos, ou contra alguém postando online de dentro dos Estados Unidos, e chegou a ameaçar ir ainda mais longe nesse sentido. Então, haverá uma resposta dos EUA a isso, e teremos alguns anúncios na próxima semana ou algo assim sobre quais medidas adicionais pretendemos tomar”, disse Rubio.
As declarações, feitas em rede nacional na televisão americana, aumentam a tensão diplomática em torno do caso Bolsonaro e podem gerar novos desdobramentos no cenário político brasileiro.
Em paralelo, uma análise publicada pelo jornalista Igor Gadelha, do portal Metrópoles – reproduzida pela coluna O Norte Político – já havia levantado outra possibilidade: diante de eventuais novas sanções contra o Brasil ou contra membros do STF, Alexandre de Moraes poderia determinar a prisão imediata de Bolsonaro no presídio da Papuda. O cenário acrescenta ainda mais imprevisibilidade ao futuro político do ex-presidente.