A redação do portal O Norte Online recebeu, nesta segunda-feira, um e-mail supostamente assinado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (newsletter@parlermailer.com). A mensagem, escrita em inglês, tem tom pessoal, apela para urgência e promete uma “conversa confidencial”, mas reúne todos os elementos clássicos de uma tentativa de golpe digital.

O texto começa com uma abordagem emocional: “Hey, I miss you so much!” (Ei, sinto muito a sua falta!) e segue com “Are you ignoring me?” (Você está me ignorando?). Esse tipo de linguagem busca criar uma falsa sensação de intimidade com o destinatário, estratégia comum em golpes por e-mail.

Na sequência, aparece o recurso da urgência. A mensagem afirma que a conversa precisa acontecer antes das 11h59 da noite, com alertas como “HURRY!” (corra, seja rápido). O objetivo é pressionar o leitor a agir sem tempo para checar a autenticidade do contato.

O e-mail também promete exclusividade ao repetir expressões como “confidential talk with Trump” (conversa confidencial com Trump), sugerindo que o destinatário foi escolhido para algo reservado. Na prática, trata-se de uma mensagem disparada em massa.

Embora não peça dinheiro de forma direta, o golpe prepara o terreno para isso. Ao incentivar o contato ou o clique em links, os golpistas costumam direcionar a vítima para páginas falsas que solicitam doações, dados pessoais ou informações financeiras, usando referências a comitês de campanha para dar aparência de legitimidade.

O alerta é claro: presidentes ou ex-presidentes dos Estados Unidos não enviam e-mails pessoais pedindo conversas privadas, muito menos com prazos de horas. A orientação é não clicar em links, não responder à mensagem e denunciar o conteúdo como tentativa de phishing.