Estive presente na COB Expo 2025, realizada em São Paulo, para acompanhar de perto como andam os esportes olímpicos brasileiros. A convite de Érika Orra, participei da apresentação da Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA), onde ouvi atentamente a fala da presidente Cristiane Kajiwara.
Ela destacou a relevância histórica de o flag football ter sido reconhecido como modalidade olímpica, integrando oficialmente os Jogos de Los Angeles em 2028. Para a dirigente, essa conquista não só amplia a visibilidade do esporte no país, como também abre portas para avanços técnicos e organizacionais.
O flag é uma variação do futebol americano mais acessível, por dispensar capacetes e armaduras. O jogo se baseia em fitas (as “flags”) presas à cintura, que devem ser retiradas pelos adversários para interromper a jogada, reduzindo o contato físico e, consequentemente, o risco de lesões. Esse formato torna a prática menos onerosa e mais atrativa para novos adeptos, especialmente entre os jovens que já acompanham a NFL pela televisão.
Outro ponto ressaltado por Kajiwara foi o impacto positivo em termos de investimentos: ao se tornar olímpico, o flag passa a ter acesso facilitado a programas e apoios do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), além de maior exposição midiática — fatores essenciais para o crescimento sustentável da modalidade no país.
Vejo nisso um caminho para que o Brasil, que começou apenas acompanhando o futebol americano pela televisão, possa se transformar em uma potência olímpica no flag. Eu mesmo, telespectador de longa data, lembro com carinho das transmissões de Ivan Zimmermann — saudoso amigo, cuja paixão pelo esporte certamente celebraria este momento histórico.