O governo dos Estados Unidos estuda revogar o visto de Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, comandante do Exército Brasileiro. A medida está em discussão porque, na visão da gestão de Donald Trump, o general teria sido indicado ao posto por Alexandre de Moraes, ministro do STF, e serviria como garantidor de respaldo militar às decisões do magistrado. A informação é da coluna de Paulo Capelli, no portal Metrópoles.
De acordo com fontes do Departamento de Estado, foi mapeado um histórico de encontros entre Moraes e o general Tomás. Na interpretação da Casa Branca, decisões do ministro que atingiram militares teriam sido tomadas após alinhamento com o comandante do Exército.
Paralelamente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem se movimentado nos bastidores para ampliar a pressão americana sobre autoridades brasileiras. Ele tenta convencer interlocutores na Casa Branca a aplicar a lei Magnitsky contra o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator da PEC da Anistia.
Segundo aliados, a articulação de Eduardo é uma forma de forçar Paulinho a adotar uma anistia “ampla, geral e irrestrita”. Caso contrário, a ideia seria enquadrá-lo em sanções internacionais, usando a legislação americana como instrumento de retaliação política.