O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a provocar polêmica ao usar suas redes sociais para relacionar o futuro das eleições presidenciais de 2026 à aprovação da chamada anistia a seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, sem a medida, o pleito não aconteceria.
A declaração faz referência ao Projeto de Lei da Anistia, que hoje tramita no Congresso em versão mais branda, apelidada de “PL da Dosimetria”, de autoria de Paulinho da Força (Solidariedade-SP). O texto não extingue condenações, mas busca reduzir penas impostas aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Ainda assim, Eduardo insiste em defender uma anistia “ampla, geral e irrestrita”.
Condenado pelo Supremo Tribunal Federal por comandar uma articulação golpista e tentar abolir o Estado Democrático de Direito, Jair Bolsonaro é o principal beneficiário da proposta defendida pelo filho. O próprio Eduardo, que se encontra desde fevereiro nos Estados Unidos, também é alvo de uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República.
De acordo com o procurador-geral Paulo Gonet, o deputado e o blogueiro Paulo Figueiredo Filho atuaram de forma “sucessiva e continuada” para tentar influenciar o julgamento do processo que investiga a trama golpista. Caso sejam condenados, ambos podem receber até 6 anos e 8 meses de prisão pelo crime de coação no curso do processo.
Enquanto isso, Eduardo segue acumulando faltas às sessões da Câmara e usando sua estadia no exterior para intensificar pressões políticas em defesa do pai.