Para a surpresa de ninguém, a CBF confirmou na tarde desta sexta-feira a demissão do técnico Dorival Jr., e já está na busca por um substituto. Se é para pensar grande, tem que ir atrás de alguém realmente grande. Então, por mais improvável que pareça, deveria ser considerado o nome de Pep Guardiola.
A Seleção Brasileira está à deriva. Dorival Júnior, por mais respeitável que seja, não é o nome para liderar uma nova era. A CBF, como sempre, busca soluções – algumas realistas, outras nem tanto. Mas há um nome que, por mais improvável que pareça, deveria ser considerado: Pep Guardiola.
Sim, o mesmo Guardiola que transformou o Barcelona em uma das melhores equipes da história, que dominou a Bundesliga com o Bayern de Munique e que elevou o Manchester City a um patamar nunca antes visto na Premier League. O técnico mais inovador da última década, um gênio tático cuja influência moldou o futebol moderno. Por que não tentar trazê-lo para o Brasil?
Guardiola é muito mais que um treinador vencedor – ele é um revolucionário. O futebol brasileiro, preso em velhos conceitos e sem identidade clara, precisa justamente disso: uma mudança radical. Com ele, a seleção não apenas jogaria de forma organizada, mas também recuperaria aquele toque de excelência técnica que sempre a diferenciou.
Além disso, o momento pode ser propício. O Manchester City enfrenta incertezas com as investigações financeiras, e Guardiola, que já completou um ciclo vitorioso no clube, pode estar aberto a um novo desafio. E que desafio seria maior do que reconstruir a Seleção Brasileira?
Os Obstáculos
Claro, é fácil sonhar, mas a realidade é dura. Guardiola nunca demonstrou interesse em treinar seleções – ele vive o futebol no dia a dia, com treinos, análises táticas e um controle minucioso sobre seu elenco. A dinâmica de uma seleção, com poucos encontros e jogadores dispersos em vários clubes, não combina com seu estilo.
E tem o dinheiro. A CBF precisa ter bala para pagar os €20 milhões anuais (isso significa uns R$ 10 milhões/mês) que ele recebe no City. Sem falar na estrutura – Guardiola exige um ambiente profissional, e a CBF, infelizmente, ainda é um mar de improvisos e politicagens.
Se a CBF quer realmente mostrar ambição, deveria pelo menos tentar. Mesmo que as chances sejam pequenas, bater na porta de Guardiola seria um sinal de que o Brasil ainda ousa pensar grande. Afinal, se nem tentamos, como saberíamos que não daria certo?