sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Donald Trump recua e exclui 700 produtos do tarifaço contra o Brasil
30/07/2025 17:10
Redação ON Reprodução

Embora tenha assinado a Ordem Executiva que oficializa a tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou de fora do tarifaço cerca de 700 itens que eram o centro nevrálgico das negociações. A lista publicada pela Casa Branca inclui suco e polpa de laranja, minérios de ferro, combustíveis e artigos de aeronaves civis, motores, peças e componentes – setores diretamente ligados à Embraer.

A medida evidencia um recuo estratégico. Trump sabia que impor tarifas sobre esses produtos causaria um impacto significativo também na economia americana. Produtos como café e carne, no entanto, não foram incluídos entre as exceções até o momento. O documento completo com a relação de itens isentos está disponível no site oficial da Casa Branca.

O chanceler Mauro Vieira, antes de retornar ao Brasil, teve um encontro hoje com Marcos Rubio, homem forte do gabinete de Trump, e foi claro e taxativo nessa conversa: “Estamos prontos para negociar tarifas, mas a soberania (leia-se, o Judiciário) e inegociável”.

A decisão, anunciada nesta quarta-feira (30), foi justificada como uma resposta a supostas “ameaças incomuns e extraordinárias” do governo brasileiro à segurança nacional e à política externa dos EUA. A Casa Branca acusa Brasília de perseguir e censurar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores, alegando violações aos direitos humanos.

A ação se baseia na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA, na sigla em inglês), de 1977, e declara uma nova emergência nacional em relação ao Brasil. “O presidente Trump tem reafirmado consistentemente seu compromisso de defender a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos contra ameaças estrangeiras”, disse a Casa Branca em nota.

Apesar do recuo parcial, Trump confirmou que o tarifaço entrará em vigor na quarta-feira (6/8). A Ordem Executiva, porém, concede prazo até 6/8 para que mercadorias destinadas ao consumo sejam desembaraçadas.

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