quinta-feira, 13 de março de 2025
Disputa pelo comando do PL na Paraíba: entre a unidade e o racha interno
16/02/2025 6:24 am
Redação ON Divulgação
  • Redação ON

A disputa pelo comando do Partido Liberal (PL) na Paraíba se intensificou nos últimos dias, após o fim do mandato do deputado  Wellington Roberto à frente da legenda. A presidência do partido no estado está em aberto, e nos bastidores há uma disputa intensa entre diferentes lideranças que buscam assumir o cargo.

De um lado, Wellington Roberto certamente gostaria de permanecer no comando, capitalizando sua influência política e o capital eleitoral que acumulou ao longo dos anos. Do outro, o deputado Cabo Gilberto, atual presidente do diretório municipal de João Pessoa, também pleiteia a posição, argumentando sua relevância dentro do partido e sua força eleitoral. Além desses, o deputado estadual Walber Virgolino também estaria no páreo.

No entanto, um terceiro nome entrou forte na disputa: o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga. Aliado próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Queiroga ganhou projeção ao concorrer à Prefeitura de João Pessoa em 2024, chegando ao segundo turno contra Cícero Lucena. Agora, ele se movimenta em Brasília para ser indicado à presidência do PL na Paraíba, supostamente em um esforço para unificar o partido no estado.

Queiroga teria se reunido com Bolsonaro em Brasília para discutir sua possível nomeação à presidência do PL paraibano. A estratégia seria fortalecer sua posição política e, ao mesmo tempo, buscar pacificar a legenda, que se encontra dividida desde as eleições municipais. O racha dentro do partido começou quando Bolsonaro impôs a candidatura de Queiroga à Prefeitura de João Pessoa, contrariando a expectativa de que o nome indicado seria Nilvan Ferreira. Desde então, a relação entre as lideranças locais se deteriorou.

A realidade, no entanto, é que a eventual nomeação de Queiroga pode acirrar ainda mais os ânimos dentro do partido. Apesar da força de seu nome e da proximidade com Bolsonaro, ele enfrenta a resistência de figuras já consolidadas na política paraibana.

O embate pelo comando do PL na Paraíba revela um problema recorrente dentro do partido: há muitos caciques para poucos índios. Caso Marcelo Queiroga seja de fato nomeado presidente estadual do PL, é provável que a legenda enfrente ainda mais dificuldades para encontrar uma unidade. O que deveria ser um movimento de pacificação pode acabar aprofundando as divisões, gerando novos conflitos e até mesmo afastando lideranças importantes da sigla.

Com um cenário de incertezas e disputas internas, o futuro do PL na Paraíba segue indefinido. A decisão final sobre o novo comando da legenda poderá ter um impacto significativo no cenário político local, influenciando os rumos do partido no estado e suas alianças para as eleições futuras.

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