O futebol nordestino sofreu um duro golpe na tarde desta segunda-feira (7). Um atentado a tiros deixou ferido o dirigente Laílson Cléber de Lima, do Sousa Esporte Clube, que foi baleado ao chegar ao Estádio Marizão, no Sertão da Paraíba, carregando uma bolsa com cerca de R$ 400 mil — valor correspondente à folha de pagamento do elenco e comissão técnica do clube.

Laílson foi surpreendido por um criminoso ainda não identificado, que tentou tomar a bolsa com o dinheiro. Ao resistir, o dirigente foi atingido por dois disparos na região do quadril. Ele foi socorrido às pressas para o Hospital Regional de Sousa, onde permanece internado, fora de risco. De acordo com informações médicas, uma das balas já foi retirada, enquanto a outra permanece alojada.

O caso é tratado com extrema gravidade pela polícia, que investiga a possibilidade de o autor do crime ter tido acesso privilegiado à informação de que o dirigente chegaria com o valor em mãos. Segundo relatos preliminares, apenas jogadores e membros do staff do Sousa tinham conhecimento da movimentação financeira prevista para o fim da tarde.

O episódio expõe uma vulnerabilidade alarmante na segurança dos clubes da região. O Sousa, atual bicampeão paraibano, vive fase de prestígio e premiações, com uma folha salarial considerada alta para os padrões do futebol estadual. Esse novo patamar, porém, parece ter despertado a cobiça de criminosos.

A diretoria do Sousa ainda não se manifestou oficialmente, mas o caso acende um alerta vermelho sobre a necessidade urgente de profissionalização e segurança no transporte de recursos em clubes de menor estrutura.

Enquanto isso, a polícia busca imagens, testemunhas e pistas que possam levar ao autor do ataque e esclarecer se o crime foi premeditado com base em uma quebra de confiança dentro do próprio clube.