sábado, 13 de dezembro de 2025
Deputados da Paraíba reagem à sobretaxa de Trump e denunciam ataque ao Brasil
12/07/2025 05:30
Redação ON Reprodução

A nova tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre os produtos brasileiros exportados ao país já provoca forte impacto na economia — e também no ambiente político. Em diversos estados, parlamentares e lideranças se mobilizam contra a medida, que foi classificada como “absurda” e “uma anomalia econômica” por 33 dos 36 deputados estaduais da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB).

O gesto revela como a guerra comercial iniciada por Trump tem potencial de unir forças políticas distintas em torno de uma mesma causa: a defesa da soberania econômica e da estabilidade institucional do Brasil. A nota assinada pelos parlamentares paraibanos denuncia o caráter ilegal e inconstitucional da decisão americana, além de rebater com dados as justificativas apresentadas pela Casa Branca.

“As justificativas apresentadas para tal anomalia econômica são vergonhosas e deploráveis”, afirmam os deputados. “Ao contrário do que foi dito, os Estados Unidos mantêm há 15 anos superávit comercial com o Brasil, que já ultrapassa os R$ 400 bilhões. Não se trata de economia — é uma tentativa de intervenção política.”

A manifestação da ALPB ecoa reações semelhantes em outras unidades da federação, refletindo um movimento crescente de pressão institucional contra a sobretaxa. Governadores, senadores e bancadas estaduais no Congresso Nacional vêm reforçando o coro de que a medida compromete a economia nacional, ameaça empregos, desestabiliza o câmbio e mina a confiança de investidores.

Os parlamentares paraibanos também apontaram que a decisão de Trump, embora travestida de questão econômica, representa um ataque direto à democracia brasileira. “O governo americano mirou no presidente do Brasil e acertou em cheio o povo brasileiro. Essa é uma taxação sobre a independência do país e sobre o funcionamento de suas instituições.”

Três deputados estaduais da Paraíba optaram por não assinar a nota: Wallber Virgolino (PL), George Morais (União Brasil) e Sargento Neto (PL).

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