• Redação ON

A prisão do médico Fernando Cunha Lima, nesta sexta-feira (7), em Pernambuco, chocou a opinião pública, não apenas pelos crimes que lhe são imputados, mas pela maneira como ele reagiu à detenção. Condenado por abusos sexuais contra crianças e foragido da Justiça por mais de 100 dias, Cunha Lima demonstrou uma postura de deboche ao ser apresentado pela polícia.

Ao chegar à Central de Polícia em João Pessoa, ele declarou à imprensa: “Vou ficar só dois dias e saio”, como se já soubesse de alguma brecha para evitar sua punição. A frase soou como um insulto ao sistema judiciário e gerou revolta, pois ele já havia sido condenado até pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A pergunta que fica no ar é: como alguém com uma sentença confirmada tem tanta certeza de que deixará a prisão em apenas dois dias?

Além do deboche, novas informações sobre o período em que ele esteve foragido reforçam a indignação. Enquanto a polícia o procurava, surgiram fotos mostrando Fernando Cunha Lima vivendo uma vida de luxo, frequentando ambientes sofisticados e desfrutando de conforto, longe da realidade da justiça que o condenou. As imagens mostram o médico em momentos de aparente tranquilidade, aproveitando sua estadia em Recife como se estivesse de férias, enquanto vítimas e familiares aguardavam por justiça.

Como O Norte Online advertiu semanas atrás, a rede de apoio que o ajudou a se esconder por mais de três meses agora também será investigada. A polícia apurou que ele contava com proteção de familiares e conhecidos para evitar sua captura. O médico foi encontrado em um imóvel alugado, na cidade de Paulista (PE).

Diante da repercussão do caso, a defesa de Cunha Lima já tenta manobras para tirá-lo da prisão, argumentando que ele deveria cumprir pena em Recife, onde residem seus parentes. No entanto, as imagens de sua vida luxuosa enquanto foragido e sua atitude arrogante ao ser preso reforçam a necessidade de que a justiça prevaleça.