A ascensão do vice-governador Lucas Ribeiro começa a se firmar como o principal fato novo do cenário pré-eleitoral para o Governo da Paraíba em 2026. A média ponderada dos levantamentos mais recentes, que cruza dados dos institutos Seta (Polêmica Paraíba), Anova (PB Agora) e Real Time Big Data (CNN), mostra que Lucas abriu vantagem sobre o senador Efraim Filho e passou a ocupar com folga a segunda colocação na disputa, atrás apenas do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, cuja liderança já vinha sendo consolidada ao longo dos últimos meses.
No retrato atualizado de outubro ao início de dezembro, Cícero aparece com 30,3% das intenções de voto na média dos institutos. Lucas Ribeiro surge em seguida, com 15,8%, enquanto Efraim Filho tem 13,2%. Pedro Cunha Lima, que vinha em trajetória de queda nas últimas rodadas, aparece com 12,0%. Adriano Galdino, que deixou a disputa, permanece congelado na série histórica com 8,9%.
Os dados confirmam que o crescimento de Lucas não foi pontual. Em apenas um mês, ele saltou quase cinco pontos na pesquisa do Instituto Seta, passando de 14,9% em outubro para 19,9% em novembro, movimento que agora encontra convergência no levantamento do Real Time Big Data, onde aparece com 16% no primeiro cenário e 20% no segundo. Esse avanço permitiu ao vice-governador se descolar do bloco intermediário e estabelecer uma distância mais confortável em relação a Efraim, que cresce de forma mais gradual.
Cícero, por sua vez, mantém estabilidade na casa dos 30% em todos os levantamentos recentes. No Real Time Big Data, aparece com 31% em um cenário e chega a 35% em outro, reforçando a leitura de que sua liderança está praticamente materializada neste momento da pré-campanha.
O cenário também começa a ser impactado por um novo fator político: a sinalização pública de Pedro Cunha Lima de que pode desistir da disputa pelo Governo do Estado para se concentrar em uma eventual candidatura à Câmara dos Deputados. Caso essa movimentação se confirme, a tendência é de um redesenho mais nítido da disputa majoritária, com a consolidação de um tripé formado por Cícero Lucena, Lucas Ribeiro e Efraim Filho.

Com cerca de dois anos até a eleição, o quadro ainda está longe de estar fechado, mas a fotografia atual aponta para três movimentos claros: a liderança sólida de Cícero, a ascensão consistente de Lucas e a tentativa de Efraim de se manter competitivo num ambiente que começa a se polarizar. A partir de agora, cada novo levantamento passa a ter peso ainda maior na definição dos reais contornos da sucessão estadual de 2026.