O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu nesta quinta-feira (6/11), no Pará, a Cúpula do Clima que antecede a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), marcada para começar na próxima segunda-feira (10/11). O encontro reúne chefes de Estado, representantes internacionais e autoridades ambientais de diversos países.
No discurso de abertura, Lula defendeu o conceito de “justiça climática” como instrumento essencial no combate à fome e à pobreza global, destacando que o tema climático não pode ser dissociado da desigualdade social. Também reforçou a importância de manter vivo o pacto do Acordo de Paris.
Segundo o presidente, o planeta caminha para um aumento de 2,5 graus Celsius até 2100, caso não haja mudanças drásticas na curva de emissões. Citando projeções das Nações Unidas, Lula alertou que perdas humanas e econômicas podem ser catastróficas: mais de 250 mil mortes por ano e um encolhimento de até 30% do PIB global.
Ele afirmou que esta edição será “a COP da Verdade”, defendendo que os alertas científicos agora precisam resultar em ação real, e não apenas em discursos diplomáticos.
A abertura teve apresentação do Arraial do Pavulagem, grupo regional fundado em 1987, que recebeu o público no auditório do Parque da Cidade de Belém.
Antes da solenidade, Lula se reuniu com representantes de 100 países, sendo 40 chefes de Estado e de governo estrangeiros, além de dirigentes de organismos internacionais.