A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (29) que a conta de luz de setembro seguirá com a bandeira tarifária vermelha patamar 2, o mesmo nível aplicado em agosto. Isso significa que os consumidores terão um acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos.
De acordo com a agência, os reservatórios das hidrelétricas continuam em níveis abaixo da média histórica, o que dificulta a geração de energia. Diante desse cenário, há maior necessidade de acionar usinas termelétricas, cujo custo de produção é mais elevado — justificando a manutenção da tarifa mais cara no próximo mês.
O que são as bandeiras tarifárias
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias completa dez anos em 2025. Ele foi desenvolvido para repassar de forma mais imediata aos consumidores o custo real da geração de energia no país.
Na prática, quando a produção fica mais cara — geralmente por causa da redução no volume de água das hidrelétricas — a sinalização é acionada e a cobrança extra aparece diretamente na conta de luz. Assim, as famílias são informadas sobre a situação do setor e podem adotar um consumo mais consciente.
Antes do mecanismo, esse repasse só acontecia durante o reajuste anual das tarifas, o que criava defasagens e podia pressionar ainda mais os custos futuros.
A Aneel é a responsável por definir, mês a mês, qual bandeira será aplicada, considerando variáveis como o PLD (Preço de Liquidação das Diferenças), índice que reflete o custo da geração e é fortemente influenciado pelas condições dos reservatórios e pela necessidade de acionar termelétricas.
Diferença entre as bandeiras
• Bandeira verde: não há cobrança adicional.
• Bandeira amarela: sinaliza custo moderado, com pequeno acréscimo.
• Bandeira vermelha patamar 1: indica custo alto, com cobrança adicional maior.
• Bandeira vermelha patamar 2: aponta custo muito elevado, com o maior acréscimo.