A saúde frágil do rei Charles III, atualmente em tratamento contra um câncer, acelerou uma movimentação que, nos bastidores do Palácio de Buckingham, já vinha sendo discretamente planejada: a preparação do príncipe William para assumir o trono.
Segundo fontes próximas à família real britânica, o processo de transição está sendo tratado com extrema cautela, mas é real e avança dia após dia. Com apenas 41 anos, William já começou a ser treinado para ocupar o posto mais alto da monarquia — um movimento que, ainda que inevitável a longo prazo, agora pode acontecer mais cedo do que se esperava.
Embora Charles siga cumprindo algumas agendas oficiais, sua participação em eventos públicos foi consideravelmente reduzida, delegando cada vez mais funções ao filho. Internamente, fala-se que o objetivo é que William esteja plenamente pronto para reinar a qualquer momento, caso a saúde do rei exija uma mudança repentina.
A possível ascensão precoce de William também escancara uma diferença histórica gritante: enquanto sua mãe, a rainha Elizabeth II, reinou por impressionantes 70 anos — de 1952 até 2022 —, Charles desfrutou de um reinado que, ao que tudo indica, poderá ser extremamente breve. Com sua coroação realizada em maio de 2023, ele pode acumular no máximo apenas alguns poucos anos como soberano, marcando um dos períodos mais curtos da história moderna da monarquia britânica.
Ao contrário de Charles, que passou a maior parte da vida esperando pela coroa e só a recebeu já aos 73 anos, William é moldado desde agora para agir como um verdadeiro chefe de Estado — ainda antes de sua ascensão formal.
Vale lembrar que Elizabeth II reinou por 70 anos e 214 dias (de 6 de fevereiro de 1952 até 8 de setembro de 2022), enquanto Charles foi coroado em 6 de maio de 2023, e agora estamos em abril de 2025. Ou seja, Charles reinou até agora por cerca de 1 ano e 11 meses.