Um vídeo curto, mostrando Jair Bolsonaro sorridente com a camisa do Vasco, circulou nas redes sociais na madrugada desta sexta-feira. Aparentemente, a gravação teria aparecido no perfil @flaviobolsonaro (que aparece com selo de verificação do Instagram), mas já não está mais disponível — provavelmente retirada do ar.
A reação dos torcedores vascaínos foi imediata: a maioria criticou duramente a associação do ex-presidente com o clube. “Tira essa camisa, ela não te pertence”, comentou um. Outro disparou: “Depois que esse parasita vestiu a camisa do Vasco, nunca mais o Vasco foi o mesmo”. Houve também quem resumisse em uma palavra: “Desgraça”.
As mensagens seguiram em tom de revolta: “Imagem do Cão em São Januário”, escreveu um torcedor. Outro ironizou: “Rindo igual um condenado”, enquanto um terceiro alertou: “PQP, apaga, senão vamos cair”. Também não faltaram recados diretos: “Sai fora, praga” e “Atira pra tudo que é lado. Não é confiável”.
Para muitos, causa estranheza que, justamente no dia em que o Supremo Tribunal Federal condenou Bolsonaro a 27 anos de prisão, houvesse clima para ele festejar de forma bem-humorada a vitória vascaína.

Vitória do Vascão
Enquanto isso, dentro de campo, o Vasco mostrou sua força na Copa do Brasil — a força da sua camisa e da sua tradição. Vasco e Botafogo vivem momentos completamente distintos. O Botafogo é hoje um clube mais estruturado, tecnicamente superior, com elenco sólido e ambiente mais organizado. O Vasco, ao contrário, enfrenta uma crise administrativa profunda, mergulhado na confusão deixada pela 777 Partners e sem perspectivas claras de solução.
Mesmo assim, foi o peso da tradição que fez o Vasco resistir ao rival. Com dois empates por 1 a 1, a decisão foi para os pênaltis e brilhou a estrela do goleiro Léo Jardim, garantindo o time na semifinal, onde enfrentará o Fluminense. O tricolor tem, sem dúvida, uma situação melhor, mas não pode se considerar favorito contra o Gigante da Colina.
No outro jogo, o Cruzeiro mostrou que vive um novo momento. Após três anos de Série B e a reconstrução sob o comando de Pedrinho BH, o clube atropelou o maior rival, o Atlético, com duas vitórias seguidas por 2 a 0. A derrota no primeiro clássico foi tão impactante que o Galo demitiu o técnico Cuca. No segundo jogo, já sob o comando de Jorge Sampaoli, a história se repetiu: mais 2 a 0 para a Raposa.
Para o cruzeirense, eliminar o Atlético em duas partidas é quase como conquistar um título. Para o atleticano, perder duas vezes seguidas para o Cruzeiro é como perder a temporada toda.
E agora, vão mandar embora o argentino Sampaoli?