sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Vale tudo pra não cair?
14/06/2025

Estamos na antepenúltima rodada do Brasileirão Feminino A1, e ainda não sabemos quem será o segundo time rebaixado. Até agora, só o Sport Recife já está matematicamente fora.

Esse cenário me traz uma reflexão, que vale e muito, também, para o masculino: até que ponto deixar de pagar dívidas antigas, para pagar o “bicho” ajuda um time na luta contra o rebaixamento?

Muitos clubes, nesse momento, fazem de tudo para escapar da degola. O que exige dinheiro.

Será que é certo deixar de pagar premiações de ex-jogadoras, rescisões contratuais ou dívidas com empresas e prestadores de serviço, que pode ser a quitanda do “Seu Zé” só para usar esse dinheiro com o prêmio, ou simplesmente pagar o salário atrasado, para elenco atual.

É justo?

Na minha opinião, não.

Criar novas dívidas ou empurrar antigas pra frente só pra tentar resolver o presente é um risco.

Sabemos que às vezes não há escolha, mas ainda assim, essa prática prejudica os outros clubes que fazem esforço para manter as contas em dia.

Criando assim um desequilíbrio, entre os clubes, pois penaliza aquele que tenta fazer o correto.

O que se vê, nesse momento, em todos os campeonatos, mas masculino ou feminino, são dirigentes tentando evitar o rebaixamento a qualquer custo, mesmo que isso signifique comprometer ainda mais o futuro financeiro do clube.

E o pior é que muitas vezes, isso acaba por não evitar a queda, já existe do outro lado jogadoras, que também querem ganhar. E não se corrige nas últimas rodadas um cenário criado ao longo do ano.

E quem paga a conta depois? O próprio clube, mas em uma outra gestão. O que vale para essa é não ter caído.

E assim acaba valendo tudo

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Higor Maffei Bellini é advogado, radicado em São Paulo, defensor dos direitos das atletas do futebol feminino em todo o Brasil.