O Chelsea conquistou no domingo um feito histórico ao vencer o Paris Saint-Germain e garantir o primeiro título da nova Copa do Mundo de Clubes da FIFA. Com uma atuação de gala, os ingleses superaram o favoritismo do time francês e coroaram uma campanha impecável no torneio. No entanto, a conquista que poderia ter dominado os noticiários esportivos foi solenemente ignorada pelas capas dos dois principais jornais britânicos: The Guardian e The Times.

Nas edições desta segunda-feira, (14) nenhuma menção ao título mundial do Chelsea aparece nas primeiras páginas dos jornais. Em vez disso, o destaque esportivo ficou com o tênis: ambos deram grande visibilidade à vitória de Jannik Sinner em Wimbledon, ofuscando completamente o triunfo azul em solo internacional.

A ausência de qualquer chamada sobre o feito do Chelsea é sintomática do atual momento do futebol na Inglaterra. Mesmo sendo o país que inventou o esporte, e mesmo com a conquista inédita de um clube local, o futebol parece ter perdido parte de seu prestígio na imprensa tradicional — ou, ao menos, seu espaço de protagonismo.

A escolha editorial chama atenção não apenas pelo silêncio, mas pelo contraste com o tamanho da conquista. Em outros tempos, um título mundial de um clube inglês renderia manchetes, editoriais e celebrações nacionais. Hoje, parece ter sido relegado ao rodapé das prioridades.