Com a morte do Papa Francisco, ocorrida na última segunda-feira (21), os olhos do mundo se voltam para o Vaticano. Nas próximas semanas, os cardeais se reunirão no tradicional conclave para escolher o novo líder da Igreja Católica. Junto ao ritual centenário, ganham força também os palpites — pelo menos fora do Brasil.
Em países como Reino Unido, Irlanda e Itália, casas de apostas já registram uma enxurrada de palpites sobre quem ocupará o trono de São Pedro. Segundo levantamento do site Aposta Legal, dois nomes aparecem na dianteira: o filipino Luis Antonio Tagle e o italiano Pietro Parolin.
Os favoritos
Luis Antonio Tagle, de 67 anos, é visto como o “Francisco asiático” por sua atuação pastoral acolhedora, voltada à justiça social e à inclusão de grupos como mães solteiras, LGBTQ+ e divorciados. Ele já foi arcebispo de Manila e atualmente atua como pró-prefeito da Seção para a Primeira Evangelização no Vaticano.
Nas principais casas de apostas europeias, Tagle aparece com odds entre 3.5 e 4 — o que representa uma chance de cerca de 25%.
Já Pietro Parolin, atual secretário de Estado do Vaticano, lidera as estatísticas com odds entre 2.5 e 2.88, o que equivale a cerca de 40% de probabilidade. Com forte experiência diplomática e respeitado entre os cardeais, Parolin é considerado uma escolha de continuidade.
Apostas proibidas no Brasil
No Brasil, apostar em quem será o novo Papa é ilegal. O marco regulatório das apostas, atualizado entre 2023 e 2024, autoriza apenas apostas de cota fixa em eventos esportivos previamente regulamentados. Eventos de caráter político, religioso ou moralmente sensível — como o conclave — não podem ser explorados por operadoras legalizadas.
O continente do próximo Papa também está em jogo
Além de nomes, apostadores internacionais também arriscam palpites sobre o continente de origem do futuro pontífice. Segundo a plataforma Polymarket, a Europa lidera com 60% de probabilidade, seguida pela Ásia (26%) e África (12%). América do Norte e América do Sul aparecem com chances muito pequenas: 2% e 1%, respectivamente.
Outra pergunta comum nas bolsas: “O próximo Papa será negro?” Hoje, essa possibilidade é estimada em 13%, com queda nas últimas 24 horas.
É importante lembrar que as apostas não influenciam o conclave, que é conduzido de forma sigilosa por 120 cardeais eleitores. Ainda assim, essas bolsas funcionam como um termômetro informal de tendências, boatos e percepções dentro e fora da Igreja.
Vale lembrar que os favoritos nem sempre vencem. Joseph Ratzinger (Bento XVI) e Jorge Mario Bergoglio (Francisco) não lideravam as apostas nas vésperas de suas eleições.
