sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Quando o público não gira a catraca
15/08/2025

Vamos falar sobre uma informação trazida pelo site Meu Timão, que aborda o público que comparece efetivamente aos jogos do Corinthians feminino, destacando a diferença entre o número de ingressos vendidos e o público que realmente passa pela catraca.

A frase que dá título à coluna de hoje é uma adaptação do que diz um torcedor e amigo chamado Ademir. E ele tem razão.

Este ano estive em alguns jogos das Brabas, como já relatado aqui na coluna, e algo chamava atenção: o que os olhos mostravam sobre o público presente não correspondia ao número anunciado no sistema de som do estádio.

Agora, com essa matéria, veio a explicação: muitos torcedores compram ingresso não pelo interesse em assistir ao futebol feminino, mas para pontuar no programa de fidelidade e, assim, garantir vantagens.

Mas qual é o problema dessa prática?

À primeira vista, nenhum: a pessoa pagou, mas não usou o ingresso, direito dela. Porém, na prática, há sim um impacto, pois sem saber exatamente quantos comparecem ao estádio, não é possível medir a real popularidade da equipe feminina ou avaliar corretamente quantos torcedores são atingidos por ações de marketing realizadas no local.

Não conheço estudos comparativos de público no futebol feminino brasileiro, até porque há partidas com portões abertos, onde basta chegar e entrar, sem necessidade de ingresso, mas fica claro que nem sempre o número de ingressos vendidos é o melhor parâmetro.

Por isso, talvez essa notícia ajude a explicar por que os números de público precisam ser analisados com mais atenção, considerando o público real e não apenas o virtual.

canal whatsapp banner

Compartilhe:
sobre
Futebol Feminino
Futebol Feminino

Higor Maffei Bellini é advogado, radicado em São Paulo, defensor dos direitos das atletas do futebol feminino em todo o Brasil.