“É normal o homem não ter apetite sexual por muito tempo? Sou casada há cinco anos e, às vezes, ficamos sem fazer amor até três meses. Me considero anormal, porque, se depender de mim, faço sete vezes na semana!” 

Essa dúvida, enviada por uma leitora, reflete uma situação comum em muitos relacionamentos: a diferença de libido entre os parceiros. E a resposta é ‘sim, pode ser normal’ – mas também pode ser um sinal de que algo precisa ser olhado com mais atenção.

Por que isso acontece?

1. Variações naturais da libido 

   – Assim como o apetite por comida muda, o desejo sexual também oscila. Estresse, rotina, cansaço e até hormônios (como queda de testosterona no homem ou alterações na mulher) influenciam. 

   – Homens, assim como mulheres, podem passar por fases de baixa libido sem que isso indique um problema grave. 

2. Fatores emocionais e relacionamento 

   – Brigas, falta de conexão emocional ou ressentimentos não resolvidos podem “esfriar” o desejo. 

   – Alguns homens (e mulheres) associam sexo a performance e pressão, o que gera ansiedade e evitação. 

3. Saúde física e mental 

   – Depressão, ansiedade, uso de medicamentos (como antidepressivos), excesso de álcool ou até falta de exercícios físicos podem reduzir o desejo. 

   – Doenças como diabetes ou distúrbios hormonais também afetam a libido. 

E agora? Como lidar?

1. Conversem sem julgamentos 

   – Aborde o tema com cuidado, evitando cobranças. Use frases como “Tenho sentido falta da nossa intimidade, como você está se sentindo?” em vez de “Por que você não quer mais sexo?”. 

2. Investiguem juntos 

   – Se for algo persistente, um check-up médico (incluindo dosagem hormonal) pode ajudar. Terapia de casal ou individual também é uma opção válida. 

3. Recriem a intimidade 

   – Sexo não precisa ser só penetração. Carícias, massagens e até conversas mais íntimas podem reacender a conexão. 

   – Tentem quebrar a rotina: um jantar a sós, um fim de semana diferente ou até explorar novas formas de prazer. 

4. Respeitem os ritmos 

   – Não existe um número “certo” de vezes por semana. O importante é que ambos se sintam confortáveis e possam negociar expectativas. 

E a leitora que quer sexo 7 vezes por semana?

Não há nada de anormal nisso! Libido alta é tão comum quanto a baixa. O desafio é encontrar um equilíbrio que funcione para o casal – seja através de ajustes na rotina, masturbação (sem culpa!) ou combinados que satisfaçam ambos. 

Sexo é saúde, mas também é diálogo. E sem vergonha de falar sobre ele. Envie suas dúvidas (anonimamente) para a coluna!