Por email, o jornalista Kubitschek Pinheiro nos provocou logo de cara com a seguinte questão:
“A coluna Sem Vergonha já desperta interesse – será que vocês vão falar tudo, mesmo? Do sexo tantra – bem demorado?”
Caro Kubitschek (e todos os leitores curiosos), vamos sim falar de tudo. Ou, pelo menos, de tudo que interessa quando o assunto é sexo sem tabu e com muito prazer. E já que você trouxe o sexo tântrico para a conversa, vamos direto ao ponto: ele é realmente bem demorado?
A resposta é sim – e não. O sexo tântrico pode durar horas, mas isso não significa que seja uma maratona física ininterrupta. Na verdade, a essência do tantra está muito mais na conexão, no controle da energia sexual e na expansão do prazer do que na resistência ou na busca por um recorde de tempo.
O que é o sexo tântrico?
O sexo tântrico tem raízes no tantra, uma filosofia milenar que surgiu na Índia e que vê a energia sexual como uma força poderosa para o autoconhecimento e a espiritualidade. Diferente da abordagem ocidental, que muitas vezes foca no orgasmo como um objetivo final, o tantra valoriza o processo, a troca de energia e o prazer prolongado.
Na prática, isso significa que os casais praticantes aprendem a respirar de forma sincronizada, a manter um contato visual profundo e a explorar o toque de maneira muito mais consciente. O orgasmo não é ignorado, mas ele é adiado – e, quando vem, pode ser muito mais intenso.
Por que algumas pessoas preferem o sexo tântrico?
Muitos casais procuram o sexo tântrico porque querem transformar a relação sexual em algo mais profundo. Para alguns, ele é um antídoto contra a pressa e a superficialidade do sexo mecânico; para outros, é uma forma de redescobrir o prazer sem pressões. Entre os benefícios relatados, estão:
• Orgasmos mais intensos e prolongados
• Maior conexão emocional e espiritual
• Melhoria no controle da excitação e da ejaculação
• Maior consciência corporal e sensorial
Ou seja, quem busca o tantra não está apenas atrás de sexo mais demorado, mas de um sexo mais significativo e prazeroso.
Mas precisa ser tântrico sempre?
Nem todo mundo tem tempo – ou paciência – para um sexo que dura horas. E tudo bem. O importante é que a relação sexual seja prazerosa para ambos, seja ela rápida e intensa ou lenta e meditativa. O tantra não precisa ser uma regra, mas pode ser uma experiência para quem quer explorar novas formas de prazer.
Então, Kubitschek, fica o convite: se você já pratica, continue explorando. Se ainda não, quem sabe essa primeira coluna de “Sem Vergonha” não seja um incentivo para experimentar? Afinal, sexo bom não tem pressa, mas tem entrega.
Até a próxima!