Na tarde nublada, fria e com garoa no domingo, 19 de outubro, o Estádio do Canindé foi palco da grande final da Brasil Ladies Cup 2025, além da disputa pelo terceiro lugar.
Um elogio especial à organização do evento, que, com sensibilidade, liberou o acesso de todos às numeradas cobertas uma medida simples, mas essencial para proteger o público da garoa fina que caía, assim digo obrigado.
Na decisão do terceiro lugar, entre Peñarol (URU) e Gimnasia (ARG), o tempo regulamentar foi marcado por um bom futebol, digno das tradicionais escolas sul-americanas. O empate levou a decisão aos pênaltis, e por 3 a 2, as argentinas do Gimnasia garantiram a terceira colocação com uma comemoração justa e merecida, como deve ser.
A grande final reuniu duas potências do futebol feminino nacional: Palmeiras e Grêmio. O duelo honrou a história das equipes, num confronto equilibrado, com doses de técnica, garra e emoção do início ao fim.
O time Esmeraldino foi vencedor pelo placar de 4 a 2, em um bom jogo, que marca a troca de comando na equipe paulistana que se despede da sua antiga técnica Camila Orlando, que segue a caminho da seleção brasileira feminina sub-20, e que em breve deve anunciar oficialmente sua nova treinadora.
Na arquibancada, um momento tocante chamou a atenção: um pai com sua filha, ambos envolvidos pelo jogo. A menina, bem agasalhada, como o frio exigia, vibrava a cada lance com entusiasmo contagiante. Não sei se será jogadora no futuro, mas torcedora ela já é daquelas que cantam, sofrem e celebram com o coração.
Assim terminou uma edição satisfatória da Ladies Cup, mais do que uma competição, um evento que valoriza o futebol feminino como expressão esportiva, educativa e cultural. Que venha a próxima edição